CAPITÃO-MOR DOMINGOS AMADO, FOI GOVERNADOR DA CAPITANIA
DO RIO GRANDE DO NORTE, NO PERÍODO DE 30 DE JUNHO DE 1715 A 03 DE FEVEREIRO DE 1722
DOMINGOS AMADO foi um militar com mais de 18 anos de
experiência antes de ser nomeado capitão-mor do Rio Grande em 1715, todos eles
na província da Beira, em Portugal, ocupando os postos de praça de soldado,
sargento supra e do número, furriel-mor, alferes e capitão de infantaria. Assim
como Salvador Álvares da Silva, seu antecessor no governo do Rio Grande, também
participou intensamente dos conflitos
decorrentes da Guerra de Sucessão Espanhola, adentrando
inclusive em território castelhano nas incursões que realizou. Em sua patente
foi afirmado que era um homem de grande coragem, pois sempre avançava na
vanguarda dos terços nos momentos de conflito. Tal coragem lhe rendeu “sete
feridas penetrantes” e terminou sendo prisioneiro dos franceses. Após retornar
a Portugal, não se sabe como escapou dos franceses, continuou a participar das
batalhas relacionadas à dita guerra.242 Em 1720, quando já não era mais
capitão-mor, tornou-se um cavaleiro professo na Ordem de Cristo e também passou
a receber uma tença pelos seus serviços prestados.
A sua participação intensa na Guerra de Sucessão foi fator
decisivo na sua escolha para capitão-mor por parte do Conselho, pois no parecer
elaborado pelos conselheiros, foi afirmado que, dentre outros motivos, Domingos
Amado deveria ser escolhido por “ter servido com grande satisfação na guerra
presente em que recebeu sete feridas na batalha de Monança”.244 Somando-se a
isso, sua experiência como capitão-mor do Rio Grande o deve ter feito merecedor
de receber o hábito da Ordem de Cristo, mostrando que, de certa forma, essa
experiência governativa o possibilitou ascender socialmente.
FONTE - LEONARDO PAIVA DE OLIVEIRA
Nenhum comentário:
Postar um comentário